segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ghandi, um Homem livre

Um Homem livre, um Homem despido de malícia, um Homem sensato e apreciador da vida humana, é assim que tento descrever um Homem, que morreu muito antes de eu ter nascido, e que gostaria de ter conhecido, para lhe poder dizer obrigado, obrigado por ele ser tudo aquilo que um Homem, digno de assim ser chamado, representa.

O seu nome era Mahatma Ghandi.

   
www.mahatmagandhionline.com


Deixou-nos escritos fabulosos, palavras capazes de encher os mais frios corações, tais como A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita.



Contudo, o homem, indigno desse nome, (propositadamente em minúsculo), pôs-lhe fim à vida há 64 anos.


Sobre o extremismo ecológico e sua questionável utilidade


© Enkel Dika


A ecologia encerra um exemplo óptimo para que reflictas sobre como o combate a algo nocivo e intenso como a poluição pode degenerar num extremismo verde de efeitos igualmente problemáticos.

O activismo verde - expressão que infelizmente é por vezes um eufemismo para actos de terrorismo e anarquia - tem como pilar a busca por uma harmonia entre o homem, a Natureza e a biodiversidade. Sendo um movimento que procura conquistar espaço e adeptos nas sociedades mais industrializadas, terá de percorrer um percurso natural até que se inscreva solidamente na cultura dos povos.

Pode haver vontade de atalhar caminho e inscrever com urgência a ecologia no seio das populações, mas daí não devem resultar desrespeitos pela lei, vandalismo rebelde ou  invasão de propriedade privada. A ecologia não deve ter quaisquer pretensões de estar acima da lei e sequer de ditar quem é poluidor e merece ser punido/boicotado/achincalhado e quem não é. Deve-se meramente cingir à causa que preconiza.

Repara: combater o mal com extremismo é substituir um tipo de maldade por outra.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Uma forma diferente de fazer as coisas.

Um filme muito bom a não perder.

sonho e rizoma: diálogo sincero com jung


O ciclo do pêndulo


Por vezes, ouço a minha vizinha do andar de cima. Bem, para ser sincero, apenas ouço o som dos sapatos (sempre de saltos altos, como lhe apraz), mas isso basta para despertar um vulcão holográfico na minha mente. Dou um salto para trás, susto de morte. A sua expressão fria, rígida, sem um véu de alegria, deixa-me inquieto. Ela limita-se a caminhar, em passos absolutamente simétricos e infinitos. E sempre o mesmo som badalado e trauteado da madeira a punir o solo. De facto, há muito tempo atrás, intrigou-me profundamente a perfeita regularidade das pancadas. Mas, com o tempo e como tudo o resto, habituei-me a conviver com isso.
Passados os anos, ela continua a caminhar, no andar de cima. E, apesar de a base dos sapatos se ter desgastado e desaparecido com o tempo e a carne viva dos pés ter aberto caminho até aos ossos, ressoa ainda o som incessante do seu sapateado na minha cabeça.
De súbito, as badaladas do relógio de pêndulo despertam-me. Ganha força este receio miudinho e milenar de que, quando o pêndulo perder a sua amplitude mínima, será a morte da minha vizinha de cima e, muito provavelmente, a minha morte também, visto que também eu tenho um vizinho de baixo neste prédio sem fim.

rafael

Nunca é tarde

Homem velho e mulher nova
Filhos até à cova!
Urbano Tavares Rodrigues in: http://dererummundi.blogspot.com/2010/02/urbano-tavares-rodrigues.html


Aproveitando a deixa...

Urbano Tavares Rodriques no Jornal o “Século” em 1973 após ter assistido em directo na cidade de Lisboa ao Auto da Floripes: Teatro arqueológico? Não. Este é, ainda, teatro do povo, para o povo, sem disfarce nem erro de cálculo. E nesta linha há muito que aprender, investigar, ousar, infiltrando novas significações nos dados e nas heranças da tradição popular (…) Um espectáculo lindo, puro e inesquecível.

Ainda a orfandade do PS...

Alguém ousou dizer: …”apoio José Sócrates porque o PS terá que se apresentar aos portugueses como uma oposição enérgica e responsável, combativa e determinada”.

Ao qual Vasco Pulido Valente* respondeu: São os órfãos daquele “senhor ignorante, mas vendedor de ilusões” que deixou o país pior que de “tanga”: na miséria. Sócrates foi outro do PS que “abriu o saco e não quis saber quem lá meteu a mão”.

*Vasco Pulido Valente (Público de 28/01/12)

sábado, 28 de janeiro de 2012

Hora da SOPA

Meus caros, não é da verdadeira sopa, prato dos nossos costumes, que venho falar.

A conversa é sobre SOPA (Stop Online Piracy Act - Lei de Combate à Pirataria Online), a outra, a que por estes dias muita indigestão tem causado a diversas empresas prestadoras de serviços na Internet. A lei que os EUA podem aprovar nos próximos dias tem como objetivo o combate ao tráfico online de propriedade protegida por direitos de autor.

Contudo, esta medida protetora é alvo de profundo desagrado e contestação pelas mais variadas empresas com serviços na Internet como a Wikipedia, Google, Facebook, Sony, entre muitas outras. Para os opositores, a medida condiciona a inovação e a dinâmica da Internet e apresenta-se como um atentado à liberdade de expressão. Para os apoiantes, a medida é fundamental, uma vez que os exploradores do ciber-espaço só poderão ter acesso a toda a diversidade de serviços oferecidos pela Internet em espaços devidamente autorizados e licenciados.

Como na nossa sopa, os gostos ficam ao critério de cada um...




Caros Vielenses,

É com todo o prazer que, após várias semanas de reflexão, aceitei escrever em tão nobre espaço.

A pressão foi enorme! Principalmente por parte do indivíduo que mais orgulho tem na classe que representa. Pela sua preserverança, acredito que é justo mencionar a sua pessoa no meu primeiro texto neste local de confluência das mais perspicazes mentes da nossa região. Neste momento, ele não passa de um simples projecto de engenheiro. No entanto, dada a sua dedicação e interesse, não tenho dúvidas que quando amadurecer será uma figura essencial no panorama da indústria química portuguesa.

Caro Hugo, agradeço o teu convite e estou seguro que terás a amabilidade de ler com toda a atenção esta publicação, pois apesar das nossas rivalidades a nível das instituições de ensino onde nos temos cultivado tecnicamente ao longo destes anos, julgo que a admiração e consideração que tens pela minha pessoa ultrapassa tudo isso.

Termino, deixando um abraço a todos os vielenses, esperando ter alguma disponibilidade para acompanhar com atenção os desenvolvimentos nesta prestigiada tertúlia digital.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O melhor peixe do mundo é português




Já um dos pessoas, o Álvaro, exclamava “Toda a vida marítima! Tudo na vida marítima!”
Se a alma lusitana sempre balanceou entre ondas de pessimismo e marés de histórico entusiasmo épico, o que dizer de esta renovada mensagem das maravilhas do mar?
Mergulhados em jeito de apneia nas notícias sobre a crise e a crise e a crise, nacional, europeia e mundial, esquecemo-nos facilmente de explorar as nossas virtuosidades. É certo que a mensagem sempre esteve lá, surda e silenciosa, nos caminhos comerciais do nosso peixe, mas é preciso torná-la audível e cantá-la, se não pelo orgulho nacional, pelo menos pela necessidade de nos relembrarmos que temos um pacto milenar com a natureza que, do muito que nos tem dado, apenas nos pede respeito.
Dito isto… venha um robalo fresquinho para a nossa mesa!

Quanto mais tu me bates mais eu gosto de ti



Ao ler o posta irada do nosso amigo Rego mesmo aqui em baixo, lembrei-me desta imagem que há dias encontrei algures por aí.

Este povo há-de ser masoquista, é o que é.

Culto do Chefe


Depois deste título no jornal o Sol podemos reforçar a seguinte constatação: da bancada socialista não se pode esperar nada de bom. Na verdade, a subserviência intocável em relação ao anterior líder roça o culto do chefe tão próprio das ditaduras e de instituições vazias de ideias e valores. Insubstituíveis? Disso está o cemitério cheio!
Só se pode compreender tal atitude por parte dos pupilos socráticos pelo facto de não serem pessoas lúcidas e de terem de pagar os favores com a lealdade. Apesar de tudo o que se tem passado e da escumalha gostar sempre de um líder à sua altura, a realidade para alguns é que “Quanto mais me bates, mais eu gosto de ti!


Pergunto:
Rei fraco faz gente forte fraca? Não! É, sim, tudo farinha do mesmo saco!


Órfãos? Para pais assim, mais vale ficar na Casa Pia...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Venha o diabo e escolha. Será?

Os portugueses são muitas vezes acusados de terem incentivado e praticado, durante os descobrimentos e as colonizações, um conjunto de comportamentos que, estando assentes numa forma de pensar racista, podem ser considerados de medonhos, de perversos e de bárbaros aos olhos da humanidade, uma vez que, por um lado, desvalorizaram e assassinaram massas populacionais e, por outro, desenvolveram a escravatura humana como comércio rentável. Contudo, importa referir, e sem querer camuflar as crueldades cometidas, que as outras nações que participaram na colonização de novos territórios tiveram comportamentos do género ou até mais degradantes, e que o tráfico negreiro seria, não só, para servir Portugal, mas também vários países da Europa.

Isto para dizer que a colonização britânica no início do século XIX considerou a população aborígene da Tasmânia de raça inferior por não dominar o fogo e não produzir armas de fogo. Mas, para além disso, determinaram uma limpeza étnica do povo com o objectivo de evitar a contaminação da humanidade por uma raça supostamente diminuta. Nesse seguimento, procederam à limpeza étnica como se de animais se tratasse, uma vez que os locais foram literalmente caçados como animais e, vejam lá..., a sua pele foi usada para produzir couro. Como se não bastasse este conjunto de atrocidades e dos inúmeros aborígenes que morreram por contaminação, muitos foram esterilizados. Depois desta carnificina, o objectivo britânico foi finalmente concretizado em 1876 com a morte do último aborígene de sangue puramente tasmaniano (Truganini). Isto, caros amigos, no século XIX.


P.S.: Este artigo resultou de uma pesquisa posterior à leitura de um artigo sobre os países com menos carga fiscal sobre os cidadãos, estando, entre esses, Vanuatu - estado insular da Melanésia -. Nessa “descoberta”, ou nesse processo, entendo serem incríveis duas coisas:
1- Muitos portugueses, numa oportuna comparação, devem desejar a mesma carga fiscal (talvez se perceba pela quantidade de “índios” no território nacional;
2- O primeiro ocidental a pisar este território foi o português Pedro Queirós em 1606 – muitos antes do explorador francês Louis Bougainville que as redescobriu em 1768 -.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pôr-do-Sol

Hugo Barbosa, Ílhavo-Aveiro

Poucas vezes desfruto de vistas como esta, curiosa é a sensação de liberdade em que me deixo absorver quando um horizonte como este preenche os meus olhos. Em nada penso, nada faço, apenas vivo...


Uma decisão estúpida


Ainda a propósito do fim imprevisto e abrupto do programa da Antena 1 "Este Tempo" (já aqui falado), não poderei, como é natural, afirmar com certezas se tal facto se deve ou não a censura, a controlo de informação, e a pressão injustificável e inominável sobre a liberdade de opinião e jornalística.

É provável que sim. Mas neste país nunca chegamos a saber o que realmente se passou; neste nosso país nunca há claridade sobre estas situações; neste nosso país nunca há consequências e responsabilidades sobre situações desta natureza. Acostumámo-nos a este estado de coisas, e passamos o nosso tempo discutindo perpétuamente sem chegar a qualquer conclusão.

Mas o que posso afiançar, sem quaisquer dúvidas, é que o programa radiofónico da Antena 1 "Este Tempo" é (era) um belíssimo programa da rádio portuguesa, e como este não os há em grande quantidade. Um espaço independente, sobre temas interessantes, descontraído, de livre opinião feito por gente que sabe do que fala: no fundo um pequeno exemplo do que deveria pautar a programação dos serviços público de comunicação. Só o facto de contar (aliás, contava até ao momento) com a participação de jornalistas como Pedro Rosa Mendes (tendo sido uma crónica deste, ao que tudo indica, a gota de água que ditou o fim do espaço) e Gonçalo Cadilhe já diz muito acerca de probidade e utilidade do programa.

Deste modo, mesmo não se tratando de censura, o que é difícil de admitir, o fecho abrupto do programa "Este Tempo" sempre se tratará de uma decisão absolutamente estúpida, irracional, e injustificável, por parte da administração da RDP.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Estejamos vivos, então !!!



‎Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.




Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito e do trabalho, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o “preto no branco” e os “pontos nos is” a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeções, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não tentando um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar. Estejamos vivos, então!

Pablo Neruda

Nestes tempos medonhos, vamos enaltecer as nossas capacidades e que nunca nos deixemos derrotar sem pelo menos arriscar... Porque não arriscar nada, é arriscar tudo.

Um abraço a todos.


Portugueses de gema...

Fabian Bimmer, Reuters, in Público, 24-1-2012
É com bastante agrado que se lê notícias como esta, em que os feitos gloriosos cantados nos Lusíadas fazem luz ao portugueses de agora. Num país que muitas vezes, acha, fala, discute que a massa intelectual está no estrangeiro, ficam de ''boca aberta'' quando houvem um nome XPTO descobriu algo xxpto; e são capazes de ler um nome português associado a uma descoberta e não lhe dar o valor merecido. É preciso dar valor ao que temos por cá, amar o que é nosso e nunca subvalorizar aquilo que se faz por cá. É bom ter consciência que muitas vezes não se faz mais e melhor, não porque não se queira ou porque não se  seja capaz, mas porque, infelizmente, encontramos muitos resilientes em lugares, que deveriam ser ocupados por pessoas 'loucas', como referi num post anterior, porque realmente são elas que mudam o Mundo, e Mundo não é só os states, alemanha, frança e outros mais.

Muitos Parabéns a estes jovens portugueses, mas também a todos aqueles que a sua pessoa representa, desde o educador de infância que zelou pela sua educação ao professor universitário que descobriu e aproveitou o seu potencial...Toda uma teia social desconhecida é responsável por estes prémios...e essas pessoas também devem ser lembradas...porque afinal nenhum de nós é uma 'ilha na Humanidade'.

Mais uma pedrada na democracia?

Depois desta notícia sobre o fecho de um programa da Antena 1, após este ter exibido uma reportagem crítica em relação a Angola, manifesto algumas dúvidas, receios e suspeitas. Pergunto, com efeito, o seguinte: Será que este governo, na procura do controlo de informação, irá também, à semelhança do governo anterior, contribuir para a degradação da democracia e para o apodrecimento da liberdade da expressão? Será que os tentáculos da oleogarquia angolana já chegaram ao coração da democracia portuguesa?

O meu desejo é que esta situação preocupante tenha sido apenas uma grande coincidência. Talvez ainda acredite no Pai Natal...

domingo, 22 de janeiro de 2012

Quando a grafonola toca #6



Carlos Paredes - Variações em Ré Menor (Movimento Perpétuo)

Guardador de Rebanhos...

Depois de mais uma aventura, 'Piratas da Viela', pelas paisagens do Monte da Padela, hoje de manhã com o Vielense Barros Amorim do Rego, lembrei-me de uns dos meus poemas preferidos de Fernando Pessoa, O Guardador de Rebanhos 1911-1912.
Por isso não poderia deixar passar a oportunidade de partilhar convosco pensamentos do Guardador de Rebanhos.


Retrato de Fernando Pessoa
Almada Negreiros, 1935
Eu nunca guardei rebanhos, 
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
(...)
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
(...)
Há metafisica bastante em não pensar em nada.


O que penso eu do Mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.


Que ideia tenho eu das coisas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela ( mas ela não tem cortinas).


Fernando Pessoa,
in Guardador de Rebanhos, 1911-1912





Intolerância religiosa

Cristãos queimados vivos na Nigéria

A tolerância religiosa ainda está longe ser um valor absoluto. Apesar dos avanços civilizacionais que se têm registado ao longo dos anos, a humanidade continua, nas mais diversas partes do globo, a cometer crimes de forte teor hediondo que, para além de indignarem qualquer ser humano provido de dignidade e sentido de existência, choca e atormenta o humanismo.

É doloroso e contraditório verificar que a diferença religiosa entre os povos, nesta terra que há lugar para todos, tem servido como catalisador para inúmeros e memoráveis crimes contra a humanidade, quando, na verdade, as religiões deveriam contribuir para uma maior compreensão da existência humana e ao mesmo tempo para a paz e a harmonia entre os humanos.

A Nigéria é o oitavo país mais populoso do mundo e, actualmente, apresenta umas das taxas de natalidade mais altas no mundo. Com uma economia em franco crescimento mas pouco diversificada, a Nigéria faz parte dos "Próximos Onze" - as 11 economias que, em paralelo com o BRIC, serão possivelmente no futuro as maiores potenciais económicas a nível mundial -. Uma vez que é um dos maiores produtores de petróleo a nível mundial, este recurso natural é a grande força motriz da economia e da diplomacia. Para além disso, a Nigéria é a 3ª maior indústria cinematográfica, logo a seguir aos EUA e à Índia.

Nesse sentido, arrepia pensar que a Nigéria, um dos países mais populosos do mundo e dinâmicos economicamente, permitirá aos seus jovens crescer no seio da intolerância, da violência e da perseguição. Meu Deus, que futuro se vislumbra...

Para terminar, pergunto: perante esta atrocidade maléfica e inqualificável, onde anda a comunidade internacional? Onde estão as sanções? Para a tristeza e a desilusão humana, ninguém diz nada...

sábado, 21 de janeiro de 2012

Sinais dos tempos?


Benito Mussoluini numa das suas intervenções inflamadas disse o seguinte: "O meu programa é simples: quero governar." Olhando para a política dos nossos dias, pergunto: que diferença existe entre esta afirmação e a vida democrática coeva?

A “arte de complicar”

No passado houve quem tivesse dito que a política era a “arte de complicar”, pois bem as últimas declarações de Cavaco Silva são prova cabal disso.

Era tão fácil dizer o seguinte:
PR: No seguimento das diversas medidas que têm sido aplicadas nos últimos tempos, fui penalizado monetariamente ao ter de abdicar da remuneração como Presidente da República e ainda ao ver reduzido o valor associado às várias reformas a que tenho direito, em virtude dos diversos empregos que exerci ao longo da minha vida profissional e política. Mas olhando para o país e para as indesejadas e inúmeras situações de pobreza e de dificuldade que muitas famílias portuguesas estão e continuarão a viver, sinto-me um privilegiado e sem moral para me queixar a nível pessoal sobre estes cortes. O esforço tem de ser de todos os portugueses, inclusive do Chefe de Estado!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Há muitas formas de fazer crescer...

Não sei bem qual a razão, mas acho que esta fotografia me faz lembrar algo pessoal...
Bem, não vale rir! Ouviram?! Não vale rir...
Até porque só falta chegar a vez da vossa companheira, uma vez que a vossa já chegou !

Quando a grafonola toca #5


John Lennon stand by me


Êxitos intemporais.
Sabe tão bem ouvir isto!

Lama Socialista

Para quem anda distraído, esquecido ou mal informado, ou até mal intencionado, importa comparar o que consta no memorando da Troika - assinado pelo PS e considerado pelo mesmo de "bom acordo" - com as actuais declarações do PS. Não há vergonha na cara de quem nos trouxe até a esta grave situação e de quem, tardiamente, sentiu a obrigação de pedir "ajuda" à "Troika".



Muita lama socialista jorra no debate público.

Se não há inocentes nem mentes cândidas e infalíveis na vida política, também o futuro se apresenta incrivelmente incerto. É frustrante saber que, apesar dos inúmeros sacrifícios que o povo português está a suportar heroicamente, ninguém nos pode garantir a saída do imbróglio. Todavia, uma coisa é certa: não é por via do caminho que nos trouxe até aqui que os problemas serão resolvidos. Perante a actual situação, não há soluções milagrosas e os caminhos a seguir serão tudo menos doces.

Porém, o discurso do Partido Socialista, quer do "Pró-Sócrates" quer do "Pró-Seguro", tem revelado alta demagogia e inqualificável falta de sentido de Estado. Pergunto: é assim tão difícil colaborar com o governo na tentativa de se cumprir aquilo que o PS assinou? Quem sentiu necessidade de solicitar ajuda à Troika e quem considerou o acordo de "bom acordo"? Mais: é assim tão difícil evitar a lama na opinião pública? Para quem é pobre de espírito, parece que sim...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Perguntas a 2012...

Boa noite meus caros,
Aqui fica o link  com propostas de respostas a  muitas questões que vagueiam pela mente dos portugueses mais atentos ao panorama nacional e europeu...

Como seres pensantes, que nos assumimos, não temos de aceitar tudo o que nos dizem, muito menos acreditar em tudo o que se ouve, contudo, cabe-nos a nós analisar o conteúdo e a racionalidade da informação com que somos bombardeados diariamente.

Mesmo discordando das propostas de resposta a estas perguntas, é sempre bom ouvir o que os outros nos têm dizer, tal como aqui, a nossa conduta diária deveria residir sobre esse pilar..Ou então, porque raio de razão, um ser superior a mim, me terá dado 2 ouvidos e 1 boca...Será que ouvir não é mais importante do que carregar no play da nossa Ka7???

http://aeiou.expresso.pt/100-perguntas-para-2012-grafico-animado=f698015

Grande abraço

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Terra Inocente

Pelos campos verdes e floridos,
tipicos desta estação,
uma brisa quente
aquece o meu pálido rosto.

Conforta-me a sua ternura,
o carinho com que rodeia
a minha face.
Tece em mim sensações
que outrora alguém fez sentir.

Sobre a terra castanha e quente,
cultivada e tratada,
deambulo,
desejando que o meu pensamento
fosse como a terra que piso.

Um olhar mais atento
leva-me a pensar que
poucas vezes vislumbramos
a paixão escondida
à nossa volta…

Injustos somos nós,
e não a terra que
nem sempre devolve
o fruto semeado…
Injustos porque não retribuímos
a atenção dada.

Ao fim do campo acabo de chegar,
vontade de retornar
ao início não me falta,
contudo, não desejaria ver as pisadas agrestes
que numa terra inocente deixei…
Hugo Barbosa,
in Noites sem sono

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sobre a estreia no "Viela do Hilário"


Nesta que é a minha estreia no Viela do Hilário, resolvi centrar a minha mensagem na importância de nos darmos a conhecer aos outros com vista a que também eles retribuam na mesma moeda.

Se eu me fechar e não revelar de todo que procuro "um barco" dificilmente adivinharei ou descobrirei que haverá um "tu" que procura "terra", mesmo que esse "tu" esteja mesmo ao meu lado. Do casamento de motivações nascerá, como espero no caso da minha participação neste espaço, uma bonita simbiose cultural.

Às novas pessoas a quem a minha palavra chegar e em particular aos colegas que fazem parte do Viela, faço votos que o meu contributo não vos desiluda e que, com sorte, possa acrescentar algo às vossas vidas.

Fernão Capelo Gaivota

Fernão Capelo Gaivota, publicado em 1970 por Ricardo Bach, conta-nos a história de uma andorinha que desejava voar, voar, voar..Não queria ser como as restantes andorinhas, que foram rotinando as suas vidas e fazendo, apenas e só, aquilo que não lhes ocupava muito tempo, que se enquadrava nas suas tarefas diárias; e nunca quiseram ir mais além; testar, experimentar algo novo...conhecer o desconhecido...

Aqui vos deixo um pequeno excerto de um dos melhores livros que li até hoje, curioso que o livro é mais fino que o 'mendinho', no entanto, a sua riqueza interior é comparável a uma volumosa epopeia...Já o li pelo menos 3 vezes, e cada vez que o leio pressinto que lá irei voltar...

A maior parte das gaivotas não se querem incomodar a aprender mais do que os rudimentos do voo, como ir da costa à comida e voltar.   Para a maior parte das gaivotas, o que importa não é saber voar, mas comer, como de resto a maior parte dos seres humanos. Porém,   para esta gaivota, o mais importante não era comer, mas sim voar, saber mais, conhecer mais ‘alto’.
      
Mais que tudo, Fernão Capelo Gaivota adorava voar. Mas, como veio a descobrir, esta maneira de pensar e de ser diferente não o fazia muito popular entre as outras aves, em especial dos 'chefes do bando' que o observavam desconfiados.   Até os próprios pais se sentiam desanimados ao verem que Fernão passava os dias sozinho, a experimentar, a cogitar, fazendo centenas de voos. 




sábado, 14 de janeiro de 2012

O idoso e o legado

Qual a razão para uma criança merecer tudo e um idoso pouco ou nada merecer? Onde está a razão quando se manifesta repúdio por uma criança ser deixada no orfanato e, ao mesmo tempo, aplauso por um idoso ser deixado num lar? Se os pais sentem os filhos como se fossem parte de si, por que razão os filhos não sentem que os pais também são parte deles?

Por um filho os pais fazem tudo, e um filho pelos pais pouco ou nada faz!


Artigo Jornal Sol: Pelo menos 15.596 idosos a viver sozinhos ou isolados

Homens do Conhecimento...

Sentado à beira-mar, reflectindo sobre aquilo que nos vamos tornando ao longo da vida, e sobre aquilo que aprendemos, diariamente, seja com os nossos erros ou visualizando os dos outros, lembrei-me das primeiras páginas de Nietzsche, in Genealogia da Moral, que gostaria de partilhar convosco...

Assim está escrito:

Desconhecemo-nos. Nós, homens do conhecimento, desconhecemo-nos a nós próprios. Há um bom fundamento para que assim seja. Nunca nos procurámos..., como poderia então acontecer que, um belo dia, nos encontrássemos? Com razão se disse: 'Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração'. O nosso tesouro fica onde estão as colmeias do nosso conhecimento. É para elas que continuamente nos encaminhamos, quais alados insectos nascidos para a recolha do mel do espírito. (...) Quanto ao resto da vida, quanto ás chamadas vivências...qual de nós dispõe ainda de seriedade suficiente para tanto? Ou de tempo suficiente? (...)

Num tempo que urge de conhecimento, pensamento, valores e bom senso, não adicionemos à lista ignorância, indiferença e apatia analítica.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O rótulo é antigo mas é o mesmo...


Sublime o presente artigo que dá uma pincelada oportuna no retrato do povo português no que diz respeito à inveja, ao chico-espertismo e à vida faustosa e ilusória vivida nos últimos anos. Pergunto: que diferenças encontramos nestas tacanhas características entre o tempo do elefante português no Vaticano e a actualidade?

Gente de fibra e coragem!

Numa conferência em Viana do Castelo ligada aos desafios futuros para a região do Alto Minho, quis o destino voltar a encontrar 5 colegas de curso. Depois das várias intervenções, umas mais interessantes do que outras, fomos ao chamado coffee break para descontrair (aliviar), tapar o buraquinho do estômago (boa mesa) e reencontrar quem não vemos há algum tempo mas que sabemos que costumam andar por essas bandas. E foi nesse espaço relacional que os 5 colegas de curso se encontraram e que trocaram dois dedos de conversa, não para falar dos desafios, mas sim para cada um saber mais um pouco de cada um sobre aquilo que anda a fazer ou a pensar em fazer...

Entre esta troca de retratos e desenhos da vida, eis que a colega Marta Martins utiliza a expressão: Haka Barrosã. Contudo, para espanto dela, que agora bem o percebo, ninguém conhecia a expressão... Como? O quê? Não percebi? Foram estas as perguntas do outro lado... Ao que ela basicamente respondeu: Por onde vocês têm andado?

Por sugestão da Marta Martins, deixo aqui o vídeo que, para além de tão bem explicar a expressão..., demonstra a coragem e a fibra da gente transmontana. Grande grito de guerra!



Hoje é sexta feira 13 e fazendo jus à fama de local esotérico que já alberga, Montalegre irá comemorar a data preceito. Logo, nada melhor que esta deixa para se falar deste belo município transmontano. Por falar em barrosã, esta noite vinha mesmo a calhar no meu prato!

Quando a grafonola toca #4



Mike Scott y Carlos Nuñez - Raggle Taggle Gypsy (By jacg)

A boa música cai sempre bem! Em qualquer lado e em qualquer momento...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Obrigado!

Post rápido a fazer valer os tempos de crise.

Hoje é o dia internacional do Obrigado.

Pára durante um minuto, fecha os olhos, pensa nas pessoas que te fazem feliz. Não precisam de ser muitas, basta uma.. A todas ou à aquela em especial, agradece!

Obrigado também a vós, caros Hilarenses!
Bem-hajam!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Um país que não gosta de mudar...

Tantos são aqueles que procuram explicações para a crise, não tão poucos assim, aqueles que acham que o país se recupera distribuindo subsídios e comparticipações, e depois há os OUTROS, aqueles que muitas vezes apelidamos Loucos, porque são esses que através das suas ideias, do seu dinamismo e que fogem da sua zona de conforto e comodismo,  mudam o Mundo e não podemos Ignorá-los....


Aqui fica uma sábia entrevista de quem anda por cá já há muito mais tempo que muitos de nós, e nos apresenta possíveis soluções para a crise que vivemos.


http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/portugal2011/article1211331.ece

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O rancor por quem procura sucesso

Muito bom o presente artigo! O populismo e a demagogia que espreme até à medula a ignorância dos cidadãos que têm sede de vingança. Continuo a afirmar convictamente que a comunicação social e os que com ela ganham holofotes têm contribuído para o actual pântano cívico e social. Aconselho a colocarem de parte o sensacionalismo e a procurarem, através da pedagogia, esclarecer correctamente os cidadãos portugueses (é que a responsabilidade social deve ser imputada a todos e não só a alguns). Se os cidadãos não quiserem ser esclarecidos, isso é outra coisa...


P.S.: O português que se deslocar a Espanha para abastecer o seu automóvel com gasolina, por esse combustível ser descaradamente mais barato em relação a Portugal, deve o "infractor" ser "condenado à forca" por adquirir um produto noutro país que não Portugal e assim ter deixado de contribuir para o sucesso de um empresário português, para o emprego de um colaborador português, para o PIB português e para as receitas do Estado português!

Viela estudantil

Numa fase árdua, em que alguns moradores e simpatizantes da viela se encontram numa dura batalha com os livros, deixo aqui uma palavra de incentivo e de força para que os resultados desejados sejam alcançados!

"Os caminhos que conduzem o homem ao saber são tão maravilhosos quanto o próprio saber."
Johannes Kepler