quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Cancros, presidentes e patetices.

Cancros, presidentes e patetices.
Mais uma vez Hugo Chavez foi protagonista de um momento tanto anedótico como preocupante. Após vários anos, dezenas de casos, curas e algumas perdas, descobrimos que os cancros provocados em presidentes da América latina, são provocados pelos americanos.
Pois bem senhor Chavez, caso o senhor não saiba, os senhores presidentes, e por muito que isto o possa chocar, também são gente, e como tal, também são susceptíveis de ter doenças, por exemplo, a sua mais do que perceptível debilidade mental é bem sintomática disso, e não apenas o cancro que infelizmente também tem.
Até parece que o cancro dos presidentes é obra de planos bem urdidos maquiavelicamente, e os pobres plebeus, de tão insignificantes que são, são vítimas do infeliz acaso ou desígnios divinos.
Estarão os americanos também envolvidos na morte do seu amigo e grande Líder da Coreia do Norte, quem sabe não terão feito passar pela janela do comboio uma jovem de peitos fartos, que fez o seu pobre e debilitado coração, devido ao grande esforço em fazer da Coreia mais a norte a super potencia e país referência em termos de qualidade de vida e liberdade, não resistisse e pumba, parar, para deixar em estado de choque os histéricos e manobrados norte coreanos.
Já agora, quem teria sido responsável pelos cancros de Steve Jobs, Patrick Swayze, Farrah Fawcett, Paul Newman, Sidney Pollack, por exemplo? Os americanos? Devem ter pensado, estes homens deram tanto à America, vamos fazer uma experienciazinha neles, se resultar, depois aplicamos no Chavez e no Castro, só pra os arreliar!!!
Estarão também os americanos envolvidos na recente morte da macaca Chita?
Mais uma vez sr Chavez “por que no te callas?”

Da Turquia com amor,
Ferrabrás 77

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Os meios justificam os fins...

Depois da elevada e qualitativa participação do dia de hoje no Viela, não tencionava patentear caracteres neste estreito espaço para evitar uma saturação de informação e, por conseguinte, um desvio das atenções sobre as respectivas postagens. Atenção essa que lhes é bem merecida pela qualidade e pelo acto de participar, mas também por constituírem, em termos participativos, verdadeiras raridades de alguns colaboradores.

Contudo, e uma vez que o chamado Papa português celebra hoje os seus 74 anos de vida, não quis deixar de fazer uma breve e geral reflexão em torno da sua pessoa que, embora tenha excelentes qualidades, não deixa de ter um espírito maquiavélico e perturbador...

A mente humana tem destas coisas...

É caricato e ao mesmo tempo contraditório e enigmático que um líder que centralizou o poder em si e nos seus mais leais seguidores, que manipulou resultados, que influenciou a justiça, que financiou gangs, e que tenha, no fundo, utilizado práticas pouco honestas e nada dignas na sua gestão, seja admirado e apelidado, pelos mesmos defensores da democracia e da liberdade, um dos melhores líderes desportivos de sempre a nível europeu e mundial. Tem qualidades indiscutíveis, mas determinadas práticas de gestão em nada se enquadram nos valores como a democracia, a moral, a dignidade e a justiça.

Esta figura incontornável da vida pública portuguesa é venerado pelos mesmos homens que na rua exigem de outros menos daquilo que este venerado tem a mais...

No fundo, pouco ou nada se resume a lógica ou a princípios e valores e tudo ou quase tudo se resume ao seguinte: Resultados...

Agora vejam a actual situação em termos sociais, económicos e financeiros e questionem-se até que ponto pode ir a consciência humana na procura de soluções, de resultados... A democracia pode ficar para segundo plano!

Mudança... Difícil mas necessária!


Regularmente ouvimos, nos dias de hoje, "O que é certo hoje, amanhã pode já não o ser!" ou "Estamos em constante mudança!". De facto, a História prova-nos isso e confirma-nos que grandes mudanças trazem grandes progressos. Nós, moradores da viela, curiosos, com olhares atentos e vozes activas, pretendemos também procurar o progresso no Mundo que nos rodeia. Mas será que estamos verdadeiramente preparados para sair da nossa zona de conforto e aceitar a mudança? Estaremos preparados para liderar a mudança? Eis aqui uma excelente sugestão de leitura sobre gestão da mudança: simplesmente simples e rica!


"Uma fábula simples sobre ser-se bem-sucedido num mundo em constante mudança (...)
(...)A fábula conta a história de uma colónia de pinguins. Um grupo de belos pinguins imperadores vive de acordo com a tradição há muitos anos. É então que uma ave curiosa descobre que um problema potencialmente devastador ameaça o lar da sua colónia – mas, de uma forma geral, ninguém o ouve.
Esta história fala de resistência à mudança e de acções heróicas, de obstáculos aparentemente inultrapassáveis e das tácticas mais inteligentes para lidar com esses mesmo obstáculos. É uma fábula que podemos transpor sob várias formas para o que nos rodeia e que constitui uma valiosa orientação para um mundo em constante e vertiginosa mudança."

Um livro da autoria de John Kotter e Holger Rathgeber que pode ser consultado aqui.

Viva a Crise(?)... como uma oportunidade de melhorar!!!

VIVA A CRISE
Isso mesmo, assim…, sem pontuação, sem sublinhados e sem sinais, sem acordos, por mais ortográficos que sejam.

VIVA A CRISE
Só assim mesmo, um imperativo. Um imperativo de consciência.

VIVA A CRISE
Só assim mesmo, uma interrogação. Uma interrogação, de dignidade.

VIVA A CRISE
Assim sem mais, sem glosas nem variações do politicamente correcto.

VIVA A CRISE
Neste novo ano que agora se inicia. Neste 2012 com tudo por inventar. Neste 2012, ANO NACIONAL E INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE.

VIVA A CRISE
Isso mesmo, ANO NACIONAL E INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE, assim…, sem pontuação, sem sublinhados e sem sinais, sem acordos, por mais ortográficos que sejam.

VIVA A CRISE
Neste 2012, o ano de recriar a aritmética do tempo novo e do Novo Tempo. Tempo de DIVIDIR para MULTIRPLICAR e de ADICIONAR sem SUBTRAIR nada a ninguém.

Se assim for,
VIVA A CRISE, vivamos a CRISE, neste imperativo de consciência, que mudará a história na medida em que as nossas consciências se mudarem, na medida em que formos capazes de entender que se não vivermos a vida, seremos vividos por ela e eu, não quero, não tenho tempo, tenho mais que fazer…

Há mais apressados por aí?
Então vamos a isso, vamos juntos, vamos todos, vamos pegar nisto, vamos pegar em nós e fazer a revolução. Pode ser?
Vamos mandar os senhores do tempo, os senhores da política do partidarismo bacoco, da economia que faz de nós carne para canhão, da finança que só sabe entender a linguagem da especulação criminosa, vamos mandá-los à mera… isso mesmo, à mera consideração das suas ideias.
Este tempo é o nosso de inventar a matemática da SOLIDARIEDADE. Este tempo é o nosso de dar a volta a isto. Não podemos parar os comboios, não podemos parar os aviões, não temos sucatas para negociar, nem robalos, nem alheiras, nem títulos de participação, nem sub-primes, nem primos nem primas… a que nos agarrar… mas temo-nos a nós, inteiros, vivos, com esta raiva que nos corre nas veias e que ninguém tem o direito de manipular ou de se “assenhorar”.

Não temos nada, mas temo-nos a nós! Por isso, senhores, temam-nos a nós!

  • Somos mais que números a contar no final das vossas manifestações.
  • Somos mais do que gente para mandar gritar na rua, mas depois de enrolarmos as bandeiras… não temos onde as meter…
  • Somos mais do que pagadores das asneiras que nos fizeram e que nos fizeram fazer.
  • Somos mais do que exercícios contabilísticos de ignomínia e discórdia.
  • Somos MAIS, muito mais… somos muitos mais, por isso temam-nos a nós que nos temos a nós.
E não estamos de férias como os nossos parlamentares, de todos os partidos, que foram para casa mais cedo. Não estamos de férias, não temos férias nem subsídios, nem feriados, nem dinheiro, mas temo-nos a nós; por isso temam-nos a nós.

Nós, sem vós e sem voz daremos a volta a isto. A revolução está na rua! Em tantas iniciativas que um pouco por todo o lado estar a ver gente a dar a mão a gente para que cada vez mais gente seja gente e para que nunca ninguém perca a dignidade de ser pessoa.

Nós estamos aqui. Não estamos de férias. Estamos na luta, na exclamação e na interrogação. Na indignação pelo direito à dignidade.

VIVA A CRISE, VIVAMOS A CRISE

Frei Fernando Ventura

Li e achei interessante de partilhar. citando Henry Ford
"O fracasso é a oportunidade de começar de novo inteligentemente."

Um Bom ano 2012 a todos Vielenses !!!!!

Alto do Minho


Um documentário a não perder em 2012, e que certamente será do agrado de todos os moradores desta viela. Agora esperemos que este filme-documentário, ao contrário do outro, estreie pelos cinemas ou salas públicas nacionais.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Piratas da Viela # 2

Há lugares fantásticos fora da porta! E mais não digo...

Levada do rio Neiva em Barroselas com o olhar atento da azenha.
Fotografia da autoria do conterrâneo Adão Chaves.

Acreditar na lógica... já foi mais fácil....

Sentado na minha reconfortante cadeira, eis que me lembro de escrever algo ilógico, porque, ultimamente, a lógica na minha vida apenas tem trazido algo de ilógico. Mas, breves momentos depois, após ter começado a escrever, percebi que ilógico eram as letras que havia escrito e não aquilo de que iria falar...Confuso, caro leitor??? Como eu o compreendo, também me sinto assim, mas de novo digo, confio na lógica??? Já me traíu em determinadas vezes, o que me leva a pensar que não o voltará a fazer??? Será lógico o que acabei de escrever? Não sei, mas também não me apetece pensar muito nisso, porque no final da mistura de letras que acabo de fazer, não voltarei a questionar-me da lógica, apenas me preocuparei em concertar as amolgadelas deixadas por ela...

sábado, 24 de dezembro de 2011

Uma ceia divina


Há um só banquete português
que desbanca
todos os jantares de Paris,
mas que os desbanca inteiramente:
é a ceia da véspera de Natal
nas nossas terras do Minho

Ramalho Ortigão


Pois assim é meus amigos, assim é. E acompanhado de um bom vinhão, esta ceia torna-se quase pecado. Mas não falemos em pecados, que todos nós os temos em boa e sã quantidade. Apenas vou desejar um bom Natal a todos os escrevedores desta viela e a todos os que por cá passam.


A realidade na noite

 
Acordo,
como se noite
árdua e fria
tivesse sido,
mas não foi.

No silêncio da noite
vi  estrelas
umas brilhando
outras não,
interroguei-me.

Olhei  em meu redor,
reparei que nem tudo era belo e sublime,
senti-me enganado
e descobri que
as estrelas não eram excepção…

Naquele instante
o tempo parou,
um ardor estranho apoderou-se
do meu peito
e não mais passou…

Saio da porta,
olho a rua,
o mesmo olhar
acompanha cada
passada que dou.

Deambulo,
talvez perdido,
nos meus inocentes sonhos,
um vazio em mim
clama que seja atendido.

Hugo Barbosa
in Noites sem sono

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O sobreiro: Árvore Nacional de Portugal


Basta fazer um pequeno passeio pelo Monte de Roques (se não estou em erro, a actual fotografia do header foi lá tirada) para ficarmos com uma ideia, uma amostra digamos, de toda a floresta portuguesa: totalmente descaracterizada, negra e cinzenta, queimada e seca, sem vida, onde o eucalipto e outras espécies estrangeiras predominam que nem pragas. É a nossa triste realidade, que ainda fica mais miserável por altura do estio, quando as vagas de incêndios varrem todo o país de Norte a Sul.

Este é o retrato de um país e de um povo que trata mal a sua natureza, que nutre muito pouco respeito pela fauna e flora que existem (por não muito tempo mais) no seu território, e que por cá já se encontrava antes de nós chegarmos e começarmos a dar cabo desta porra toda. Tal cenário nota-se explicitamente na forma como nos relacionamos com as árvores: consideramo-las um empecilho, um alvo a abater, um embaraço e uma fonte de problemas (ou são as folhas que caem e sujam o jardim e a rua; ou os ramos que se partem e nos riscam o carro; ou as abelhas num dos seus buracos que nos perseguem e picam quando nos aproximamos; ou a coruja que de noite nos seus ramos pragueja com o seu piar, prenunciando morte e desgraça; ou as crianças mafarricas que sobem aos seus ramos certamente para fazerem patifarias e sabe Deus mais o quê). Por todas estas razões nos dá tanto gozo abater as árvores a eito por esses campos e cidades fora deste país. Por causa destas razões, quando construímos uma casa num pequeno terreno, tratamos logo de arrasar toda a flora arborícola que lá exista (quando poderiam ser um belíssimo elemento num jardim particular). Também por estas razões se verifica a actual razia de árvores nos espaços urbanos das nossas vilas e cidades aquando de arranjos urbanísticos e paisagísticos, sempre, claro está, invocando-se as mais modernas e avisadas justificações fito-sanitárias.
Enfim, poderia estar aqui toda a noite a completar o rol de malfeitorias que fazemos à nossa flora.

Assim, perante esta triste realidade, e ainda que possivelmente tudo fique igual, foi com algum contentamento, mas muito moderado, que li a notícia de que o sobreiro (essa belíssima árvore tão importante para a nossa economia e cultura) foi, após a aprovação de um projecto de resolução na Assembleia da República no dia de hoje, designada a "Árvore Nacional de Portugal" (ler notícia completa aqui). Não é muito, bem sei, mas pelo menos já é alguma coisa.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A vida é dura para os moles...

Dói, mas a realidade tem de ser esta:

Um indivíduo que está formado ou vocacionado para uma área que está visivelmente saturada no mercado de trabalho, pois a procura excede largamente a oferta, cabe-lhe três soluções se quiser resolver a sua situação:

1ª: acredita no canto do cisne, impute responsabilidades ao Estado e espera eternamente por uma vaga, o que se será extremamente difícil de acontecer e que poderá levar vários anos;

2ª: adapta-se e procura emprego noutra área laboral ou, então, antes de o fazer, volta a investir na formação para alargar o seu leque de escolha no mercado de trabalho;

3ª: segue o sonho de exercer uma profissão que vá de encontro à sua vocação ou formação e, no intuito de satisfazer necessidades financeiras e evoluir profissionalmente, adapta-se procurando emprego noutros mercados laborais (emigra).

Eu contra mim falo!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Palavras de uma alma viva...e a realidade de um fatum bem presente

Aproveitando a chegada da época natalícia, deixo-vos aqui uma mensagem escrita e vivida por um homem que gostaria de ter conhecido...


Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive à sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor,
e fá-lo conhecer ao Mundo.


Gandhi

Já leste?!!!!! Então, não deixes que neste Natal um vizinho teu viva esta infeliz situação...


Menino, que podia ser qualquer um de nós, bebendo os restos de um refrigerante, por sinal, que nós bebemos ao pontapé, numa lixeira do México ( In Expresso, 20-12-2011)



Quando as aparências iludem...

A triste conivência

Depois de notícias como esta, fico ainda mais com a noção de que o estado ao que o Estado chegou também se deve a estes senhores. Isto por terem tido sempre uma oposição irresponsável, por reivindicar a ilusão e por terem participado quer na elaboração da constituição quer nos primeiros governos constitucionais. Contudo, fico descansado por neste momento as hipóteses de chegarem ao governo serem nulas!

Quem não aponta o dedo a quem não respeita a dignidade e a liberdade humana, é conivente com os detractores e, portanto, igual a eles...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Férias para o estrangeiro? Só se for aí...

Se o dinheiro não é para si um problema e se ainda não decidiu onde passar as suas próximas férias, fica aqui uma excelente sugestão (embora a grande atracção esteja esticada, rígida e sem óculos de sol):



Coreia do Norte: Um país que demonstra até que ponto pode chegar a miserabilidade da dignidade humana!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Piratas da Viela

Não embarcando no consumismo, no materialismo e na futilidade que alicerçam as sociedades ocidentais (e daí os pilares serem de barro), deixo-vos aqui fica uma excelente alternativa para se poder ter mais e melhor e de uma forma sustentável!

Falo de um passeio ao Monte Roques, espaço natural e cultural que nos presenteia um castro da "Idade do Ferro" e umas paisagens fantásticas que, embora limitadas a oeste pelo oceano, se estendem do vale do Lima ao vale do Neiva passando pelos montes e serras circundantes e ainda pelo "Bom Jesus" de Braga.

Tantas vezes procuramos e enaltecemos outras paragens mais sonantes mas com haveres de menos valor, quando, em momentos como este, constatamos que há verdadeiros tesouros naturais e culturais à frente dos nossos olhos; e que na livre procura de os contemplar tecem o dourado feitiço de fortalecerem a saúde, a cultura e o companheirismo entre os aventureiros.

A vida é tão simples, e nós tantas vezes a complicamos...



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

No baú da Viela! (II)


Há pouco tempo escrevi sobre Guerra Junqueiro e fiz uma breve referência sobre a sua ligação às terras de Viana. Hoje aprofundo a sua ligação, não a Viana, mas às Neves, assim como, faço referência à sua esposa e ao seu sogro. Percebendo as suas ligações familiares ao nosso "burgo", talvez seja uma hipótese com validade o facto do escritor, poeta e político ter estado no Souto das Neves.

Por que razão ligar Guerra Junqueiro às Neves? Foi Filomena da Silva Neves que hipoteticamente fez a ligação de Guerra Junqueiro às gentes das Neves. Esta senhora, uma ilustre desconhecida, tinha as suas raízes no lugar das Neves (filha de Sebastião da Silva Neves e de D. Isabel Cândida Neves), e caso não tivesse sido enfeitiçada pela arte da pena e do punho de Guerra Junqueiro ou o facto de ser filha de um magnata e homem público, estaria a mesma, e tal como nós, abandonada às leis do tempo.

Seu pai, Sebastião da Silva Neves, foi um grande empresário da região que construiu fortuna através da maior empresa de transporte de passageiros da época na região (sede na actual rua da Picota na cidade de Viana do Castelo). Seguiu o negócio do seu pai, João da Silva Neves (natural de Vila de Punhe), que através das suas diligências ganhou tanto dinheiro como viagens, paragens e estórias que foram sendo delineadas ao longo dos anos. A estalagem do Inácio (hoje Café Neves) que o diga!

A este ilustre conterrâneo, Sebastião da Silva Neves, estão ligados, entre outros, os seguintes factos:

  • Os actuais terrenos da Escola Secundária de Monserrate, antes de passarem para domínio público em 1878, era propriedade da D. Isabel Cândida Neves, na altura já viúva de Sebastião da Silva Neves;
  • Foi fundador da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo;
  • Incentivou e patrocinou a construção do actual Teatro Sá da Bandeira;
  • Benemérito da santa Casa da Misericórdia;
  • Vereador da Câmara Municipal de Viana do Castelo;
  • Agraciado com a Comenda de Mérito Industrial;
  • Edificação da casa exposta em foto (já inexistente).
História do edifício:

http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081031110705.pdf

Viver a VIDA

Não são tão poucas as vezes que olhamos para os mais velhos como alguém fora de prazo, como alguém que já nada mais nos tem a ensinar, como alguém que não se enquadra nas novas mentalidades, mas muitas vezes, esquecemo-nos que essas mesmas pessoas a quem nós chamamos velhos..outrora foram tão jovens como nós, se divertiram com menos recursos que nós, e são depositários de experiências de vida fantásticas, que só de ouvi-las, entramos num verdadeiro conto de fadas...
Quem nunca sentiu a vontade de ter vivido tantas historinhas que os nossos queridos amigos mais velhos nos contam quando muitas vezes nos cruzamos com eles num banco de jardim ou até mesmo numa esplanada bebendo um finito, que bem sabe no verão....Aquele bichinho do quem me dera estar láaaa....


Fonte do video: http://blogs.ua.pt/I9/

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O mundo inclina-se perante ti ó homem sábio!

Depois das sábias palavras do senhor deputado do PS, acerca de não pagar as dívidas, e grunhir a quem devemos, bater o pé e dizer que não pagamos, tive 1 bela ideia. E que tal se agora, batêssemos nos nossos pais. Dizermos aos nossos meninos para não estudarem, copiarem os testes e baterem nas professoras/es, ok, muitos já fazem isso. Fazermos as necessidades onde nos apetecer, sobretudo em plena via pública. Cometer adultério à força toda, e se o respectivo cônjuge resmungar, arrefinfa-se potentemente 1 agressão. Exigirmos dinheiro a quem não nos deve, por exemplo, vemos o Belmiro de Azevedo na rua, e exigimos uma milena ou mais de euros, claro está, enquanto ainda os temos. Sei lá, copular em tudo quanto é sitio. Trocar favores de vária ordem, por dinheiro, café com leite, Nesquick, rebuçados ou smarties. Era a loucura!
Espera lá, eu não vi já disso tudo neste meu querido Portugal. Ó xôr deputado, fez bem os seus deveres, copiar, homem coerente o senhor. Fonix, torci 1 pé e isto dói que se farta.
Da Turquia com Amor,
Ferrabrás 77

Um país esquecido

Como todos nós sabemos (uns mais, outros menos, é verdade), este nosso belo e tão mal tratadinho país é completamente ignorado, para não dizer desprezado, pelo mundo internacional, especialmente nas áreas culturais.

Ora, vem este intróito a propósito de mais uma lamentável e triste situação de desdém para com Portugal, desta vez no cinema, e que passo a explicar:

The Way é um filme realizado por Emilio Estevez, rodado na sua maior parte em Espanha e terminado ainda no ano de 2010. No seu elenco, além daquele director, conta, entre outros, com o seu próprio pai, o grande Martin Sheen (também pai do polémico actor comediante Charlie Cheen). A história do filme passa-se no caminho de Santiago, designadamente no caminho francês, a mais antiga e procurada via para os peregrinos que vinham e vêm da Europa em busca do túmulo do apóstolo Tiago, sito (segundo reza a lenda e a tradição) em Santiago de Compostela, na Galiza. Para além desta particularidade, que já não é de pouca monta, note-se que o próprio Martin Sheen (e consequentemente também o realizador, seu filho) tem raízes numa pequena aldeia do Sul da Galiza, a pouquíssimos quilómetros da fronteira com Portugal, no Minho. De facto, o pai de Martin Cheen, de seu nome Francisco Estevez (e o nome verdadeiro do Martin Sheen é Ramon Antonio Gerad Estévez), nasceu na aldeia de Parderrubias, no município de Salceda de Caselas, tendo emigrado para os Estados Unidos - como tantos das suas geração - quando jovem, no primeiro quartel do século XX.

Pois bem, e que tem isto a ver com o que eu comecei por falar? Tem tudo, uma vez que este filme trata de um assunto eminentemente ligado também a Portugal, principalmente ao Norte de Portugal, atenta à tradição de ligação das nossas gentes ao lugar santo de Santiago de Compostela (o caminho português é também uma das mais antigas e percorridas vias de peregrinação).
Deste modo, faria todo o sentido que o filme estreasse nas nossas salas de cinema pouco tempo depois de ter estreado em Espanha, na longínqua data de 19 de Novembro de 2010 (há mais de um ano portanto, e poucos dias após a estreia mundial em Toronto). Mas não, até à data ainda nem sequer estreou neste país, e nem sequer existe uma data previsível para a estreia, sendo muito possível que nunca chegue a passar nos nossos cinemas.
A situação é tão ridícula que, além do filme já ter estreado em cinema nos principais países ocidentais (EUA, Alemanha, Reino Unido, Irlanda, etc.), já passou até nas Filipinas e, no dia 1 de Dezembro passado, estreou no Líbano.

Enfim, já que não podemos ver este filme num cinema (a não ser que se esteja de férias no Líbano ou nas Filipinas), sempre vos deixo aqui o trailer (em HD que eu sou amigo), para ficarem com um cheirinho da coisa: